Camisinha e teste de HIV ajudam a combater a Aids
Quase 30 anos depois do surgimento dos primeiros casos de Aids no mundo, ainda é muito forte o preconceito em relação à doença. Tanto que o tema da campanha lançada pelo Ministério da Saúde para o Dia Mundial de Luta contra a Aids, comemorado nesta terça-feira (1º), é Viver com Aids é possível. Com preconceito não.
Dois relatórios recentes indicam a maneira como a doença está se comportando no Brasil e no mundo. Um deles é o Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, divulgado na última quinta-feira (26), em Brasília, com a conclusão de que a epidemia cresceu em cidades com menos de 50 mil habitantes no interior do país e diminuiu em grandes centros, com população de mais de 500 mil pessoas.
Para o infectologista Esper Georges Kallás, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), “o uso de preservativo é um dos principais agentes no combate à transmissão da Aids”. Além disso, ele afirma que um maior acesso aos tratamentos e aos testes é fundamental para evitar novos casos da doença.
- É preciso acabar com o preconceito, as pessoas têm medo de fazer o teste de HIV.
Quanto mais cedo a doença for detectada, maiores as chances de sucesso do tratamento e menores as chances de transmissão. Estima-se que existam 630 mil pessoas infectadas com o vírus HIV no Brasil.
- Entre as milhares de pessoas que vivem com o HIV no Brasil, só metade sabe disso. E a cada cem pessoas que descobrem serem portadoras do vírus, 16 morrem devido ao diagnóstico tardio.
Dados preliminares do boletim registram que, entre 1980 e junho de 2009, foram registrados 544.846 casos de Aids no Brasil, dos quais 217.091 resultaram em morte. A cada ano, de acordo com o Ministério da Saúde, são notificados entre 33 mil e 35 mil novos casos.
Mundo
Outro documento de referência sobre Aids foi publicado no último dia 24 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em parceria com a UnAids (órgão das Nações Unidas para a doença). De acordo com o relatório, um total de 25 milhões de pessoas morreram por causa da Aids desde seu surgimento outras 60 milhões foram infectadas.
O número de novos contágios, porém, caiu 17% nos últimos oito anos, diz o relatório. Segundo o documento, "a tendência em oito anos indica uma redução de 17% das novas infecções desde 2001. A maioria dos progressos é observada na África subsaariana".
O Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi instituído em 1987 durante a Assembleia Geral de Saúde, com apoio das Nações Unidas. No Brasil, o Ministério da Saúde passou a celebrar a data oficialmente no ano seguinte, em 1988.
Naquele ano, morreu o cartunista Henrique de Souza Filho, o Henfil, aos 43 anos, em decorrência da Aids. Henfil era hemofílico e contraiu o vírus HIV durante uma transfusão de sangue. Foi um dos 4.535 casos da doença notificados no país até então.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/noticias/camisinha-e-teste-de-hiv-ajudam-a-combater-a-aids-20091201.html
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