'É como uma biópsia líquida', diz um dos inventores do teste.
Um novo teste sanguíneo que encontra e captura células cancerígenas entre bilhões de células sadias pode chegar em breve ao mercado. Cientistas do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, e uma multinacional do ramo da saúde pretendem anunciar nesta segunda-feira (3) uma parceria para produzir o exame em larga escala.
Os cientistas imaginam que, inicialmente, o teste facilitará o tratamento de tumores, pois pode ser feito diariamente e é um jeito rápido de descobrir se medicamentos e terapias estão fazendo efeito. “É como uma biópsia líquida”, que evita a retirada dolorosa de tecidos, diz o médico Daniel Haber, chefe do centro de câncer do hospital e um dos inventores do teste.
O exame também poderá, no futuro, ajudar a diagnosticar o câncer antes que ele se espalhe, atuando paralelamente a testes tradicionais, como a mamografia e a colonoscopia.
Hoje, o único exame sanguíneo disponível no mercado para a detecção de tumores apenas conta as células doentes, mas não consegue capturá-las, impedindo que os médicos possam obter mais informações sobre o problema.
Teste sanguíneo identifica células cancerígenas entre bilhões de células sadias. (Foto: AP)
Como funciona
O exame usa um microchip do tamanho de um cartão de crédito, coberto por 78 mil pequenos cilindros, como cerdas de uma escova de cabelo. Os cilindros contêm uma substância que faz as células cancerígenas grudarem. Quando o sangue atravessa o chip, as células batem nos cilindros como uma bola em um jogo de pinball. As células cancerígenas se prendem e um corante faz com que elas brilhem. Assim os cientistas podem contá-las e capturá-las.
O exame usa um microchip do tamanho de um cartão de crédito, coberto por 78 mil pequenos cilindros, como cerdas de uma escova de cabelo. Os cilindros contêm uma substância que faz as células cancerígenas grudarem. Quando o sangue atravessa o chip, as células batem nos cilindros como uma bola em um jogo de pinball. As células cancerígenas se prendem e um corante faz com que elas brilhem. Assim os cientistas podem contá-las e capturá-las.
O próximo passo na pesquisa será encontrar um plástico barato para produzir os testes, que hoje custam centenas de dólares por unidade. Enquanto isso, o exame será usado experimentalmente em quatro institutos dos EUA.
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