Cientistas contestam a alegação de contaminação de amostras e admitem que fenômeno precisa ser melhor investigado
Foto: Divulgação/Science
Lago Mono, no leste da Califórnia, onde a nova bactéria foi encontrada. Os resultados de um trabalho publicado no último dia 2 na revista Science, sugerindo que uma bactéria isolada de um lago na Califórnia substituiu fósforo por arsênio, instigaram cientistas a questionar se as conclusões apresentadas estavam suficientemente sustentadas pelos dados apresentados.
O iG tentou várias vezes, sem sucesso, que os cientistas da NASA respondessem às críticas levantadas por cientistas como Jack W. Szostak, ganhador do Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina de 2009.
Finalmente, Felisa Wolfe-Simon e Ron Oremland enviaram à Science respostas às principais críticas, “como serviço público e para esclarecer dados e metodologias”, diz o texto. A Science enfatiza que essas respostas não passaram pelo processo de revisão por pares e que só serão publicadas na revista após revisão.
A principal dúvida era se a bactéria realmente incorporou arsênio em seu DNA. A suspeita dos céticos é que a contaminação da amostra levou a falsos resultados. Os cientistas da NASA responderam que utilizaram protocolos padrões de extração de DNA, lavando as células antes, o que eliminou o arsênio livre, restando apenas o que incorporou ao DNA.
Em relação à crítica de que a substituição de arsênio por fósforo é quimicamente improvável, uma vez que os compostos formados se quebram rapidamente na presença de água, Felisa cita trabalhos de outros cientistas e diz que este mecanismo de substituição precisa ser melhor investigado. “Esperamos trabalhar com outros cientistas, tanto diretamente ou disponibilizando células e fornecendo amostras de DNA para os especialistas apropriados fazerem suas próprias análises, em um esforço de compreender melhor esse intrigante achado”, termina a nota.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/bacteria+de+arsenio+nasa+finalmente+responde+as+criticas/n1237878168435.html
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